A vida bateu, a porta fechou..






Algumas coisas se tornaram naturais pra mim.

Ver o sol nascer, agradecer, tomar um café, conversar com amigos que realmente me fazem bem.

Olhar o mar, admirar o pôr do sol, sentir a energia vibratória do momento presente.

Conversar a sós com Deus, pedir pra que ele sempre me direcione ao melhor caminho, é meta de quem se reconciliou com a própria fé.

Algumas coisas são simples porquê não se complicaram em minha vida.

Troquei a música, aparei as arestas, me aprofundei mais em conhecimento espiritual, em inteligência emocional, em hábitos mais saudáveis.

Hoje sinto que não carrego um fardo; carrego a minha experiência de vida. Carrego aquilo que preciso, sem tanto julgar, sem toma lá dá cá.

Notei que já mudei, e muito, os pensamentos, a sintonia.

Aprendi a acalmar, a entender, a respeitar a individualidade de cada um.

Não tomo posse, apenas auxilio. 

Não quero o que não é meu, não estou a fim de dar cabo da minha paz e nem de me esquecer.

Algumas etapas já foram vividas, algumas coisas foram rompidas; hoje eu não fico mais na mesma estação esperando o trem que nunca vem.

Preciso seguir viagem, preciso me encontrar.

Sigo orientada pela minha intuição, pela voz no ouvido, pelas partes minhas que merecem atenção colo e abrigo.

Quando preciso, coloco debaixo das asas, quando chega a hora, deixo que cada um voe para seu destino, cada um voe para seus objetivos e sonhos. 

Quem ama, não prende!

Não troco mais a minha sabedoria de hoje pela imaturidade de ontem. Normal, errei, acertei, cheguei aonde estou.

Estou flertando com aquilo que me atrai internamente, estou dissipando as nuvens cinzas que rondam o coração quando um sinal de tristeza toca o peito.

Estou vivendo. Estou me chamando pra batalha, para as emoções, pros sentimentos menos nocivos.

O meu tanto faz, foi pra quem nada fez. O meu benquerer é luz pra quem sabe interceder a favor do bem.

Algumas regalias eu consegui depois de abdicar do que me fazia sofrer.

De joelhos já pedi por menos dor; de cara lavada aprendi a ser o que sou.

A vida bateu, a porta fechou.

O clamor a Deus abriu a luz do caminho. Entre a guerra e a paz, me adverti muitas vezes.

Sem peso e sem medida, oro, agradeço e vigio.

Aceito qualquer milagre divino.

Estou em busca da cura, do alívio, de mais aproximação com o alto.

De algumas coisas, realmente, eu não abro mão.


Sil Guidorizzi

Imagem- google.















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