Se custa minha paz, é caro demais..



Às vezes parece que demora, mas ajeita.

Tudo é assim mesmo. 

Quando eu me desligo um pouco, parece que ganho um fôlego extra pra respirar, pra me tratar, pra me perceber.

Assim, consigo identificar as fases da vida, consigo captar meu momento e onde me encaixo.

Eu sei que Deus age me direcionando aonde devo estar, sei que já não sou mais assim tão distraída a ponto de não perceber a real intenção de outro alguém.

Aprendi a sair de cena, aprendi o que é distância e refazimento espiritual.

Às vezes é teimosia, um pouco de saudade e melancolia, um tempo mais ameno sem desarrumar tanto o que levei algum tempo pra colocar no lugar.

Às vezes é preciso sair da caixa, passar uma borracha e abrir mão do andar perdido, do olhar sem conforto, da ansiedade de quem só espera pelo amanhã.

Tudo que me traz à tona e já não me deixa distante do que sou, tudo que me dá o tom, a nota, o sentido e o prazer de percorrer lugares que ainda não percorri, mostram o quanto eu sou grata por tudo.

Eu me desocupei e tratei de ver a vida por um ângulo que não percebia.

Sou mera espectadora. Curiosa, de alma presente.

Eu abranjo sempre o lado mais humano, o lado às vezes pueril, o lado que emociona.

Já gastei saliva tentando provar tanta coisa.

Hoje eu sinto o gosto da minha verdade. Sou errada, nem sempre tenho razão. Mas uma coisa eu aprendi:

Se custa minha paz, é caro demais. (Já ouvi essa frase em algum lugar).

Mas está valendo como ensinamento, como meta de vida.

Estou com minha saúde emocional em dia, estou ciente das coisas que preciso vencer em mim.

Às vezes é desafiador, intimidador.

Mas é o que tenho pra hoje.

Nem sempre eu vivo de dias ruins.


Sil Guidorizzi


Imagem - Google














Comentários