Às vezes parece que demora, mas ajeita.
Tudo é assim mesmo.
Quando eu me desligo um pouco, parece
que ganho um fôlego extra pra respirar, pra me tratar, pra me perceber.
Assim, consigo identificar as fases da vida, consigo captar meu momento e onde me encaixo.
Eu sei que Deus age me direcionando aonde devo estar, sei
que já não sou mais assim tão distraída a ponto de não perceber a real intenção
de outro alguém.
Aprendi a sair de cena, aprendi o que é distância e refazimento
espiritual.
Às vezes é teimosia, um pouco de saudade e melancolia, um
tempo mais ameno sem desarrumar tanto o que levei algum tempo pra colocar no
lugar.
Às vezes é preciso sair da caixa, passar uma
borracha e abrir mão do andar perdido, do olhar sem conforto, da ansiedade de
quem só espera pelo amanhã.
Tudo que me traz à tona e já não me deixa distante do que
sou, tudo que me dá o tom, a nota, o sentido e o prazer de percorrer lugares
que ainda não percorri, mostram o quanto eu sou grata por tudo.
Eu me desocupei e tratei de ver a vida por um ângulo que não
percebia.
Sou mera espectadora. Curiosa, de alma presente.
Eu abranjo sempre o lado mais humano, o lado às vezes pueril,
o lado que emociona.
Já gastei saliva tentando provar tanta coisa.
Hoje eu sinto o gosto da minha verdade. Sou errada, nem
sempre tenho razão. Mas uma coisa eu aprendi:
Se custa minha paz, é caro demais. (Já ouvi essa frase em
algum lugar).
Mas está valendo como ensinamento, como meta de vida.
Às vezes é desafiador, intimidador.
Mas é o que tenho pra hoje.
Nem sempre eu vivo de dias ruins.
Sil Guidorizzi
Imagem - Google
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