Às vezes eu não sei em que mundo vivo..



Às vezes eu não sei em que mundo vivo.

Só sei que muita coisa se perdeu, muita estranheza bate na porta da vida. Falta olho no olho, falta a junção da alma, falta reciprocidade no peito.

Pessoas são apenas movidas pelo que gera prazer momentâneo, são movidas por algo que muitas vezes acaba em frustração e dor.

Uns se fingem de bons samaritanos, outros, precisam agradar pra terem a sensação de que são realmente bem-vindos.

Fico pensando onde cada um se esconde, em qual lugar cada identidade se perdeu.

Os bons de verdade, os autênticos, não escondem o que são.

Os que trazem algo à mais espiritualmente são capazes de reconhecer onde devem estar, o que precisam para caminhar, se preservam mais, se colocam no lugar de outras pessoas; não são perfeitos e tem a capacidade de entender a sua real missão por aqui.

Às vezes eu peço pra Deus: pare tudo que eu quero sair!

Quero sair pra longe, quero ficar distante, quero tentar encontrar o que anda em falta por aí.

E se a moda é não ligar para ninguém, se a moda é cada um pra si, acho que está faltando visão emocional e falta de maturidade com a própria consciência.

Às vezes eu me pego indo para outro estágio, me pego tentando entender a falta de empatia, as caras e bocas, o olhar de quem se sente superior.

É tanta pobreza de alma, é tanta falta de compreensão, de lealdade, de respeito, que chega a doer.

Salve-se quem puder!

As pessoas esqueceram os bons modos, a educação, o bom dia, o trato com o próximo.

Esqueceram de dizer: Eu te amo, ei, vai ficar tudo bem! Conte comigo!

Graças a Deus eu não estou nesse nível de incapacidade emocional, sentimental, pessoal.

Se depender de mim, e do que aprendi, tenho certeza de que não vim aqui pra pisar em cima de ninguém.

Eu vim pra aprender e ser melhor como ser humano.

Graças a Deus, a voz do alto me orienta e ofereço a quem precisa, luz e visão mais abertas.

O que me atrai é gente de bem, gente que não espera o próximo tombo.

Gente que está ali, pronta e disposta, a segurar o coração do outro.

Gente que tem noção do que aprendeu.


Sil Guidorizzi

Imagem - Google









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