De repente a gente olha o céu e percebe que nada é nosso.
Que o coração vem assinado com nossa alma.
De repente a gente percebe que o vento que roça o nosso
rosto, só quer conversar e que o tempo está aí pra nos mostrar o que realmente
precisamos sem muita complicação, sem muita exigência.
De repente é o tempo da gente, acompanhado com a mão de Deus,
com o nosso suor e nosso desejo de vencer.
Tudo parece tão simples e ao mesmo tempo tão complicado
dentro da gente; mas que nos faz enxergar a efemeridade da vida, as distâncias
a que nos colocamos, aos afastamentos que proporcionamos e as diversas vezes
que nos buscamos pra viver de mais paz interior.
E quem aprende, vive bem consigo mesmo. Quem consegue
desatar certos nós, respira mais calmamente e aceita-se mais feliz, mais
agradecido e mais aberto pra si mesmo.
De repente a gente tem conversas definitivas com o próprio
sentimento. Dispensa palavras, dispensa críticas, dispensa tudo que possa
trazer mais dor.
Aí vem o estado de libertação mais profunda, o desejo de
atravessar a porta sem medo; a coragem que renasce feito sol que regressa
depois de tempos mais amenos.
E a gente percebe que não quer nada mais ou menos, que que ter
o direito a sentir o frescor da vida, que quer sentir o entrelaçar de coisas
que transbordem, que anunciem um tempo realmente novo e bom.
De repente é só questão de mudar o prisma, de captar aquela
mensagem que quase se apagou.
Nada precisa de tanta pressa assim, nada precisa ser tão
urgente ao ponto de nos deixar sem sequer sabermos pra onde estamos indo.
E todos os nossos pontos emocionais, todo nosso lado de
dentro, tudo que aquilo que revestimos e muitas vezes descuidamos precisa ser
sanado a tempo.
De repente parece que foi há tanto tempo, de repente parece
que foi no agora, no instante em que a alma respirou da maneira mais sincera
depois de ter esvaziado os bolsos, as gavetas, depois de ter aprendido a não
fazer tantos planos.
Tudo pode ser um grande engano, tudo pode ser próximo e
inteiro.
Depende do que buscamos, depende do que atraímos, do que colocamos
em expectativas irreais.
De repente a gente olha e não vê, olha e encara, olha e se
retrata pedindo perdão por tudo, nos prometendo nunca mais cair na mesma
armadilha.
No fundo, bem lá no fundo, algumas coisas poderiam ter sido
diferentes, alguns rumos poderiam ter sido menos sofridos.
ELE sabe o que faz.
Somos aquilo que em nós plantamos todos os dias. Nossas sementes se espalham por aí.
Algumas vezes morremos e renascemos.
Nos sentimos mais
firmes e mais fiéis aos nossos propósitos espirituais; nos sentimos mais
presentes e mais enraizados em nossas vidas mesmo sabendo que somos temporários,
e não permanentes.
Isso nos mostra que Deus está presente em cada movimento
nosso, em cada página que escrevemos, em cada situação que passamos; em cada
elucidar da consciência.
É a ELE que devemos elevar nosso coração, agradecer e dizer
amém!
By - Sil Guidorizzi
Imagem - Google
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