De tudo que
tenho aprendido, acho que a libertação tem sido o primordial, tem sido a parte mais desafiadora e necessária.
Pois foi em
partes que eu me vi, foi me juntando que encontrei mais de mim.
De tudo que
tenho renovado, reciclado e entregue à Deus, aprendi.
Aprendi com
minha teimosia, com minhas infantilidades, com meus defeitos, com aquele monte
de coisa que eu achava que era certo, e, na verdade, era só parte da lição que precisei
aprender para amadurecer.
Não é fácil
assumir tudo, assumir a totalidade do que engasga, do que cansa, do que se
mistura entre os pensamentos de alegria ou de dor.
Não é tão
simples cavar o fundo do poço pra depois voltar à tona, buscar à vida, buscar
coisas que foram abandonadas pelas esquinas do coração, pelas adversidades,
pela falta de cuidado emocional.
Em qualquer
entardecer, em qualquer anoitecer, ou em qualquer amanhecer digno, repito feito
mantra que minha paz é absoluta dentro do meu firmamento, repito e afasto
qualquer pensamento que possa me nivelar à infelicidade de alguém que não me
queira bem.
Eu cresço,
através do que projeto, do que descanso, do que descarto como negativo.
Não aceito o pacote dos outros e não pretendo me afundar em navios naufragados pelo descaso dos seus comandantes.
Cada um,
precisa trilhar e viver a sua história.
Não vivo
dentro de uma inveja sabotadora e nem faço questão de cruzar pelos caminhos sem
que eu mesma seja algo de bom para mim.
Não penso em
metas, penso em soluções, não penso em complicar mais; penso em centralizar o
que já noto como essencial.
De tudo que
tenho conciliado, há uma grande luta, há a necessidade de ser reflexo, de ser
mais gente, de ser mais humana, de ser suficiente para quem precisar de mim.
Às coisas
mudam, mudam conforme minhas aceitações, meu agradecimento, minha certeza de
que nada é certo, mas que eu consegui repaginar minha história.
De forma mais simples e objetiva eu retomei ao que é natural.
O ar que
respiro, à beleza de um pequeno instante, o altruísmo, a generosidade que não
deve se ausentar, o respeito pelo próximo, o dizer não, o dizer sim, o habitual
para me sentir menos endividada com a alma, com a consciência.
Quem muito
se guerreia, não sente as boas intenções que também se instalam nos dias.
Gosto dessa
coragem meio rebelde, que também não vive disfarçada ou com medo do inimigo.
Eu não
preciso de inimigos; preciso contemplar minha existência, sem celas, sem
prisões, sem vingança.
Apesar de
tudo, a fé ainda continua sendo minha arma contra tudo que queira me derrubar.
Eu já me aceitei como sou.
Deus é parceria na saúde e na doença, na alegria e na tristeza.
Não me sinto só!
Sil Guidorizzi
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