Vivemos apegados ao passado; vivemos relembrando quem, e o quê, nos machucou.
Parece que
nos condicionamos sempre a ver as coisas ruins que nos destruíram, as pessoas que
não souberam nos valorizar, os sentimentos que foram pelo ralo, as coisas que machucaram fundo o peito.
Tem tanta
coisa boa que também chegou em nosso caminho tem tanta gente que também veio e
nos sentiu com o coração, abrindo espaço para que adentrássemos sem que nos sentíssemos
indesejados ou malvistos.
Vivemos sempre
relacionando o que foi com o presente que muitas vezes não acontece na hora
mais plena.
Muita coisa
nos prende nesse redemoinho emocional, muita coisa demora para se desligar e
ser deixada para trás, porque insistimos naquilo que já foi e não mais nos
pertence.
É por isso
que muitas vezes nossa alma não sente paz, é por isso que sempre estamos à
espera de algo que nem sabemos.
É tanto aprendizado,
é tanta coisa que vem e vai, é tanta gente cometa e estrela, que muitas vezes
deixamos de perceber, verdadeiramente, o que é essencial para nosso estado de
ser.
Romper com
aquilo que precisa ser rompido, afastar esse excesso de tristeza de coisas que
já nos perfuraram o coração, barrar coisas negativas, é um trabalho árduo de
consciência mental e proximidade com a cura interior.
Temos que
nos esforçar para nos curarmos, temos que deixar espaço para o que quisermos colocar
em nossas casas intimas, sem dependermos da vontade dos outros, sem vivermos
atrelados ao que os outros exigem de nós.
Nem tudo
merece ser reformado. Tem coisa que já está gasta, já estragou, já foi, já deu.
Cura, é
tudo; viver o presente sem tanto lamento é arte de aprender a agradecer.
O lado bom
da vida existe; basta acreditar.
Tudo é
possível quando confiamos mais em nós mesmos.
A gente
precisa desse conforto espiritual para recomeçar algumas vezes.
E
recomeçaremos quantas vezes forem necessárias.
Estamos
vivos. Somos andarilhos, muitas vezes,
reaprendendo a viver.
Sil Guidorizzi
Imagem - Google
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