Hoje talvez seja o começo de tudo; talvez seja o dia das
respostas que preciso.
O que eu sei, e afirmo, é que Deus está traçando tudo aquilo
que é necessário.
Indefinidamente me sinto aos pés do que a vida abre agora
para mim.
Muitas vezes, sem lenço e sem documento, sem trair tanto o próprio
coração que hoje segreda mais serenidade, desafio o tempo e a mim mesma a ser
mais amável comigo, mais presente à minha capacidade de vencer mesmo tendo sido
derrotada inúmeras vezes.
Não há generosidade maior do que prestar atenção à própria
capacidade de vida, à própria intensidade de se colocar em algum lugar mais
pacífico.
Essa rega, essa poda, esse lugar que parecia distante, hoje parece
se aproximar daquilo que vejo em cores que se alinham ao universo interior.
Não há lugar melhor do que a própria casa, a própria companhia
o próprio estabelecer de sensações que antes fugiam para longe.
E cada vez que confirmo essa raridade do simples, cada vez
que os pés descalços já não se intimidam com o que foi, reafirmo novamente que
por mais gasto que tenha sido, por mais aperto que a alma tenha sentido, sempre
haverá a chance do recomeço.
Hoje talvez eu só esteja divagando pelo silêncio que agora transita
em meio a tantos pensamentos.
Não vejo muros altos e nem cercas de arame farpado.
Apenas sinto que é algo para se renascer.
Estou viva, estou inteira apesar de tudo.
Vou dizendo mentalmente que sou capaz, que sou sã, que sou
preparada para enfrentar os desígnios de Deus.
Estou me realinhando.
Assim seja!
Amém!
Sil Guidorizzi
Imagem - Google.
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