Estou por aí. Mas ainda respirando o ar que vem de Deus.
Isso é um
grande alento depois de dias que atravessei e ainda atravesso buscando trégua interior.
Tenho
resolvido muita coisa; tenho colocado tudo na balança da vida.
Já não me
sinto mais culpada por aquele gesto que se voltou contra mim me acusando de
coisas que não fiz.
Eu aprendi a
me defender, a custear mais minha saúde mental dentro da paz que nem sempre veio centralizada.
O vento
também espalhou, a poeira baixou e eu consegui novamente reunir forças para
seguir meu destino.
Só quem
confia no altíssimo quem carrega dentro de si sua religiosidade seja ela qual
for, entende o que é percorrer o caminho com fé e perseverança.
Hoje eu vejo
meu presente e já não arranho mais e nem insinuo um futuro que não sei e ainda
não vi.
Mas o que eu
sei, é que é preciso muitas vezes tomar decisões, arejar janelas, abrir gavetas
e jogar as tralhas que se acumularam ao longo do tempo.
Não me apego
mais em saudades unilaterais. Quero dividir o simples com o que me fizer bem.
Sempre
haverá lugar para que o coração se identifique, sempre haverá lugar para a
atitude mais aconchegante no peito.
Sem me
desmerecer eu valorizo muito mais o que sou hoje.
Eu erro
todos os dias e luto para continuar imperfeita.
Cada
cicatriz é um pedaço das coisas que vivi, cada vez que voltei depois de longas
tempestades, me senti de olhar vago não esperando mais nada de ninguém.
O céu sempre
se abre quando a luz do infinito parece dançar à frente dos meus olhos.
Estou por aí
ainda mais próxima do que me gera energia boa, reflexão e amadurecimento.
Não agrado
todo mundo, não preciso que gostem de mim.
Eu me gosto
assim; por vezes falando sozinha, por vezes dançando timidamente, por vezes
dizendo à Deus: Obrigada, Pai, por ser esse ser amoroso e cheio de fraternidade
que me eleva depois de cada queda.
Nem tudo saiu
como gostaria, mas sei que em suas escrituras você sempre soube o que era necessário para meu aprimoramento.
É por isso que fui aprendendo com às próprias escolhas que tive e com os impulsos que dei.
Mas eu estou
vivendo. Vivendo um dia após o outro sem garantia nenhuma.
Estou por
aí, quem sabe, me esbarrando em outros timbres, outros reconhecimentos.
Não quero me garantir, quero apenas sentir a energia dos meus sentimentos pulsando.
Faço parte dos que são humanos.
Já tive prejuízos emocionais profundos.
Não nasci para ferrar com a vida de ninguém.
Sil Guidorizzi
Imagem de Jackson David por Pixabay
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