“Um salve para aquilo que me mostrou o que precisei aprender com bravura nos olhos e muitas vezes com rasgos no peito”
Às vezes eu acho que estou certa, às vezes errada.
Às vezes me
sinto de asa quebrada e coração disperso.
Mas eu sinto
que tudo está tão perto e ao mesmo tempo distante do alcance das minhas mãos.
Mas ao abrir
os braços, ao abrir a consciência, vejo que lá do alto forças se multiplicam sobre
mim.
Está tudo
escrito, está tudo sendo decifrado pelo agora que vivo sem tanto medo.
Eu não lamento,
apenas sinto que devo parar e me cuidar melhor, devo fechar os olhos e tapar os
ouvidos para as indiferenças que não agregam o meu dia a dia.
Muito
barulho me incomoda, muito estranhamento me distância.
Sei lá,
quero brotar de onde eu venho sem tanto constrangimento.
Quero ser
feliz do meu jeito torto, por vezes, arredio.
Que a vida
me empreste esse tanto de luz que se espalha em pleno universo.
Que meus
guias me protejam e tudo se restabeleça da melhor forma possível.
Estou
lutando; estou reaprendendo com tantos tropeços.
Um salve
para aquilo que me mostrou o que precisei aprender com bravura nos olhos e
muitas vezes com rasgos no peito.
Nada me
pertence, nada é tão exato quanto os desígnios do alto.
Que eu seja
apenas o motivar que gira a manivela do novo dia sem tanta pressa, sem tanto
sofrer.
Mas ELE sabe
o que faz e independentemente de tudo que já atravessei, sigo me perdoando,
sigo desejando que cada um seja feliz à sua maneira.
Não existe
outra maneira senão a de juntar as coisas que ainda me ensinam a ser melhor
dentro dos meus pertences individuais, dentro da minha sanidade e da crença que
respiro.
O que me
cabe, me cabe. O que já excedeu já ultrapassou os meus limites.
Estou cada
dia mais convencida de que estar em paz é melhor do que viver corroendo a corda
do que não faz bem.
Cada vez que
vou me juntando ao essencial, mais desapego eu sinto.
Estou
crescendo. Minhas sementes internas já não estão morrendo à mingua.
Estou
cuidando melhor do meu jardim.
Sil
Guidorizzi
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