Estou em tempo de comemorar e memorizar tudo que aprendi.
Sim, comemoro o levantar, comemoro todas as vezes que segui
com esperança no coração.
Eu não sei se hoje tenho pressa, se sinto que caibo em
certos lugares.
Nada me pertence, estou mais consciente disto.
Todas as etapas de vida me deram a exata noção do que
precisei para não me envergar tanto.
As coisas materiais não me consomem, o espírito precisa de
paz para se sentir gente. O que eu sei é que muita coisa anda fora de moda e
está em liquidação.
Pessoas são tratadas como mercadorias e consumidas até a última gota para depois serem descartadas em qualquer
lugar; o olho no olho não existe e amar alguém de verdade é desuso dos dias.
Triste geração de sentimentos líquidos e versões de cada um
por si.
Ainda bem que já não penso mais como antes e nem me trato de
qualquer jeito.
Estou criando um vínculo imaginário onde me concedo tudo que
mereço.
Captar aquilo que sai de dentro com coragem, com dignidade,
é caminho de quem sabe tudo que já percorreu.
Prefiro assim; mais silêncio menos agitação, mais presença
no presente e distanciamento de quem se incomoda comigo.
Nesta solidariedade singela sigo de mãos dadas com meu discernimento,
sigo de mãos dadas com o que Deus tem mostrado.
Estou sem limites, estou explorando esse universo que
descobri.
Está mais limpo, mais sincero, menos pesado de cargas desnecessárias.
Quanto menos falo, menos me comprometo.
Ninguém precisa saber tanto assim de mim.
Sil Guidorizzi
Imagem de StockSnap por Pixabay
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