Parei de sentir o gosto de cafés ruins.

 

Esses são meus companheiros agora em que busco me encontrar sem tanta agressão:
Música, meditação e livro.

A vida tem passado muito depressa e eu já não acompanho mais muita coisa que desandou.

Tudo que hoje vai na memória são pedaços do que vivi. Trechos de estrada, lugares que permaneci pelo tempo que meu coração permitiu.

Tudo evolui quando a gente aprende a se entender melhor, sem querer repetir os mesmos erros, sem querer voltar para aquela sintonia fraca, sem respeito, sem valor.

Perdoar ainda é um ato de generosidade a si.

Nem tudo foi certo, mas o aprendizado pode ser valoroso quando a maturidade acende o espírito que para de se maltratar tanto e percebe como é bom desenvolver-se internamente.

Nem tudo merece ser repartido, nem tudo deve ser dito.

Gosto de silenciar na maioria das vezes.

O mal que me foi feito já foi esquecido. 

Tenho prioridades acima de quem não soube ser verdadeiro.

Levo a bagagem simples de quem parou de implorar tanto.

Eu me amo, eu me quero bem.

Vou pedindo a Deus que cada um, siga seu caminho em paz e me deixe viver sem tantas importunações.

Sei o que preciso e sei o que não quero.

Não vivo em função do que querem e sim do que vale à pena ser explorado e percebido.

A vida tem de ser mais leve; mais arejada.

Sinto que estou conseguindo abrir meu caminho sozinha.

Respeito gera respeito. Não regrido mais por ninguém.

Parei de sentir o gosto de cafés ruins.
 
Sil Guidorizzi

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