Estou buscando meu farol, aquele que alinha o peito, clareia o espaço e dispara os sonhos para que a vida possa movimentá-los sem pesar.



Estou buscando meu farol, aquele que alinha o peito, clareia o espaço e dispara os sonhos para que a vida possa movimentá-los sem pesar.

Estou ciente de tudo que preciso e sinto que hoje um passo a mais é caminho para estar mais em paz.

Ontem eu deixei para trás aquele jeito de quem não se sabia para conviver com aquilo que basta ao coração.

Sem planos, sem medida, sem rótulos ou esperas indignas, atravesso o olhar com mais sensatez na vida.

Estou buscando o instante que me preenche, as distâncias que se encontram depois de algum tempo longe dos olhos e perto da alma.

A vida nem sempre é pressa, nem sempre é um carregar de culpas, nem sempre é o que o outro desenha para que eu seja o modelo da perfeição. Faço parte dos imperfeitos, dos que erram, dos que pedem desculpas.

Em minha bagagem onde oceanos me transformam, onde sentimentos não pertencem aos nocivos, me sinto mais inteligente emocionalmente.

Cirurgicamente eu estou vivendo aquilo que tracei com as mãos de Deus; com as coisas que alcancei com meu desejo de viver melhor.

Toda luz bem-vinda, traz cura para cada canto que ficou em estágio mais avançado de dor.

Hoje depois de muito me perdoar entendi que ontem não possuía a mesma maturidade de hoje e que ao relembrar coisas que gostaria de esquecer, sinto que me abri em reconciliação interior.

Por incrível que pareça me sinto mais leve apesar das costas sentirem o peso do tempo e das responsabilidades a que me submeti.

Quero continuar assim, sem muitas promessas, sem tantas sequelas.

Os fortes sobrevivem, assim como toda fragilidade também precisa ser demonstrada quando tudo parece escorrer pelos dedos.

Tudo se ajeita sempre da melhor maneira porque ELE sabe o que deve ser dado a cada um.

Viver sem ser prisioneira de mim mesma já me salva.

Vivo dias desiguais porque respiro de modo diferente, sinto diferente, respeito meus momentos.

Há uma sutileza sincera que já não gera tanta discórdia no íntimo, naquilo que ninguém sabe, ou vê.

Abraçar o que sou  não me custa nada.

Sigo vivendo um dia por vez.

Foi assim que aprendi.


Sil Guidorizzi

Gambar oleh Adina Voicu dari Pixabay

 

 

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