Estou vivendo
dentro dos meus passos; estou me sentindo uma pessoa especial.
Mais amadurecida,
menos complicada, mais intensa internamente, acho que desabrochei para o que realmente importa.
Estou fora
da caixa, fora do que não serve mais, fora das balelas e das intrigas externas.
O tempo
breve pode moldar muitas coisas novas. Nenhum acúmulo de sofrimento deve
permanecer dentro por muito tempo. É preciso soltar e deixar ir. É preciso
expressar da maneira mais sentida se assim for necessário para que o lugar que
eu vivo amanheça mais limpo e saudável.
Tudo que for
possível deve ser cultivado sem tantas desculpas. Não dá para viver dentro de
anulação constante.
Sorrir,
sentir liberdade, andar como se não houvesse amanhã, permanecer dentro dos princípios
básicos de respeito; crescer um pouco mais a cada dia agradecendo pelos lugares
atravessados, pelas pessoas que chegaram, que se foram; pelos ciclos que se findaram.
Ressignifico os dias com a coragem de quem não desistiu de
viver.
É preciso
perseverar mesmo em dias de tropeços, é preciso silenciar o barulho, preservar-se, sentir a visão de que há sempre um dia melhor depois da tormenta que
passou.
Se o sol
brilha único e sozinho, é preciso saber onde se encontram todos os elementos para
que o coração possa prosseguir em companhia de si mesmo.
Dentro,
perto, alimentado com a fé sagrada de quem sabe que Deus ajuda a quem se ajuda.
Força, foco,
esperança na alma.
É assim que
a vida flutua, é assim que os pés correm soltos, é assim que tem de ser.
Sem buscar culpados,
sem apontar o dedo, sem agredir-se à toa.
Tudo se
ajeita, tudo se acalma, tudo pode ser diferente.
Viver é um
exercício diário. O saldo é mais positivo porque eu já aprendi muita coisa.
Uma delas foi dizer a mim mesma que eu sou única entre milhões de rostos desconhecidos, que sou única dentro das minhas querências individuais.
Tenho um propósito sincero, um pacto de cumplicidade com minha morada terrena.
Busco dias de menos guerra e de mais paz mental.
Sil Guidorizzi
Comentários
Postar um comentário