O coração apesar de tudo está mais limpo, mais centrado, mais envolvido com o reflexo do sol que adentra as janelas abertas.
Preciso de
alguns ajustes, preciso de Deus intercedendo por mim.
O que fiz de
certo ou errado ficou na estrada da vida onde pude me perdoar e amadurecer.
Sem
julgamento, sem perder o ar da graça de quem ainda quer retribuir gratidão ao
universo, sinto que aqui dentro há uma desconstrução pessoal.
Novo ciclo,
outro renascimento, sempre levando em conta o que a espiritualidade me trouxe,
o que me reservo no direito de não ser explícita demais.
Caibo
naquilo que me encaixo, vou lapidando essa massa bruta para tocar com mais
profundidade o eu que vive se deslocando com os tremores das emoções e sentimentos.
Já perdi o
chão, perdi a paz, perdi o caminho dos meus sonhos.
Mas eu voltei
sabendo que tudo pode ser renovado quando não se perde o desejo de investir em
novas moradas de luz.
Agradeço os
tropeços, as desilusões, os rompimentos, o espaçamento que criei ao aprender a
me distanciar do que é sofrimento.
Hoje vou
escrever uma nova história e nela já não dá para levar o que ficou para trás.
Não traço
planos, não sobrecarrego os dias com tantos questionamentos.
O importante
é que cheguei até aqui, mais lúcida, mais sábia, mais transparente.
E nesse novo
ciclo, que eu me mantenha firme e forte para atravessar as adversidades, que eu
não seja uma ponta solta esperando que alguém me acolha por piedade ou
compaixão.
Eu aprendi a
crescer, aprendi a chegar até aqui oferecendo mais a mim mesma desejando que
cada um colha o que plantou.
O coração
apesar de tudo está mais limpo, mais centrado, mais envolvido com o reflexo do
sol que adentra as janelas abertas.
Que eu siga
nessa nova jornada sem tapar buracos, sem ser oca, sem ser o que sinto.
Quero viver
esse novo tempo sem apego, mas levando a fé que me abraça forte.
Deus é
comigo; estou seguindo o meu Norte.
É disso que
preciso.
Estou
exercendo meu livre-arbítrio.
É hora de
prosseguir.
Sil Guidorizzi
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