Por: Sil Guidorizzi
Em minha mente eu circulo por onde quero, eu crio, ressignifico; sigo ou fico.
Eu invado espaços que acho bons, afasto os ruins, cultivo afetos em meu
estado de ser, me coloco em primeiro lugar, me mereço, me amo e sou
grata por tudo.
Eu não sei muita coisa, mas aprendi com a escola da vida a
me defender, aprendi a ser breve onde não me querem, aprendi a dizer não,
aprendi a dizer adeus.
Minha maturidade veio muitas vezes sem freio, sem imaginar
que muita coisa doeria tão fundo.
Eu já não acelero tanto porque sinto que agora preciso ir
mais devagar, preciso de pausa, silêncio e desobrigação daquilo que não me cabe.
E se meu coração se guia para que encontre paz, não serão as
piores guerras que irão me derrubar.
Eu tento, faço meus tratados de mais compreensão e
livramento do que ainda instiga o peito.
Faltou alguma coisa, faltou dizer, faltou também receber
aquele tanto de amor que não senti.
Mas eu sou assim, livre do peso da culpa seguindo na próxima
estação, observando mais a paisagem, me cobrando menos.
Também sei alcançar o vento, sei juntar o que é meu, sei me
ajudar quando preciso levantar.
Eu também danço, danço dentro daquilo que me flutua e traz
calma para os dias.
Faço hoje o que não fiz antes por falta de coragem ou
autossabotagem de mim mesma.
Agora não, não ligo para as vozes que não me conhecem e dizem.
Eu digo e afirmo que tudo é diferente, graças ao que me
transformei.
E se sinto a necessidade de sair sem bagagens, sem levar
comigo o que não é meu, sinto que já abri mão de muito lixo, que abri mão de
espaços físicos sem valor emocional nenhum.
Todo prosseguir diz alguma coisa, em todo instante há algo
novo pairando no ar.
Vou me guiando, me colocando em lugares mais férteis
distantes da maldade alheia.
Sou protegida pelo espírito santo, sou guerreira e sei o que
já passei.
O que me blinda é o que me salva.
Bendita seja essa proteção que vem de Deus!
Imagem- Free - Pixabay
Comentários
Postar um comentário