Estou tentando me ocupar, tentando dar voz ao que precisa sair de dentro de mim.
O coração segue mais calmo. Tenho olhos para as coisas que se materializam à minha frente, feito mensagens de Deus.
Tenho arrumado meus pertences, mesmo sabendo que tudo é emprestado e por vezes, passageiro.
Hoje eu vasculhei minha caixa de saudade.
Lembrei do meu pai, das coisas que fez por mim.
Lembrei do sorriso dele e da vontade que tinha de viver.
Olhei fotos antigas, vi meus filhos pequenos.
Hoje, estão trilhando um bom caminho.
O que se perdeu, ficou por aí.
Ainda gosto de me emocionar e sentir o calor dos bons sentimentos me tocando.
Escrevo, penso no findar do dia, na janela que fechei, deixando apenas uma fresta de ar para respirar melhor.
Tem coisa que ainda me sufoca, tem lugar que não piso mais.
Estou vivendo e isso é necessário.
Ninguém pode viver por mim.
Minhas memórias afetivas são lembranças que não se perdem.
Tenho um grande varal de boas recordações.
Lugares que andei, pessoas que amei.
Sim, tudo está em seu devido lugar.
É natural que seja assim.
Sil Guidorizzi 🙏
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