O horizonte é bonito, o sol, desponta diante de um olhar curioso que ainda sente o gosto do viver.


Por: Sil Guidorizzi

Expressar o que estou sentindo é como dividir a vida em ciclos.

Uns se abriram, outros se fecharam. Outros doeram demais.

Perdoei muita coisa, tracei novos pensamentos e me dirigi ao tempo que acho que mereço.

Nem toda ferida se abriu. O coração parou de imaginar coisas que nunca aconteceriam.

Hoje eu quero me descobrir além das fronteiras do que me ofereceram.

Não que eu queira tudo, mas que eu agradeça os milagres que fizeram parte do meu estado de ser.

O passado que ficou para trás, às vezes que senti que não conseguiria prosseguir, os sofrimentos a que me submeti.

Dentro das minhas pausas e conversas mais silenciosas parei de me desproteger.

Hoje o dia está mais ameno, descansei um pouco mais. Estiquei o corpo, senti vontade de ficar mais quieta em meu canto.

Hoje não quero caminhar pelas ruas, nem quero me preocupar se estou fora de lugar.

Na verdade, eu estou aonde preciso e graças a Deus, estou mais atenta aos sinais que recebo.

Nem tudo é festa, mas há também o poder da fé que me eleva.

Não sou mais criança. Parei de olhar para baixo o tempo todo.

Pessoas mais felizes caminham de olhar para o alto, seguem sem medo de perseguir seus objetivos.

Tenho isso aqui dentro, tenho isso cravado em meio a todo caos que passou.

A vida está passando e já me vejo do outro lado daquele muro que um dia não consegui atravessar.

O horizonte é bonito, o sol, desponta diante de um olhar curioso que ainda sente o gosto do viver.

Está tudo bem.

 


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