Ninguém
sabe mais dos meus sentimentos do que eu mesma. Por mais que sejam confusos, ninguém possui bola de cristal para
saber o que vai dentro de mim.
Ando arriscando novos ares, ando arriscando novos sonhos.
Ando me encorajando mais, ando me desafiando mais. Pincelei uma nova tonalidade no meu espaço. Não penso mais em revirar gavetas atrás de coisas antigas,
passadas. Porque a vida passa. O tempo traz novas cores, novos sabores. Um outro
gosto no lábio. Doce ou
amargo. Mas é claro que quando a saudade invade, não tem acordo.
É assim que eu passo meus dias. E quando me sento em
algum canto para pensar na vida, levo meu café quente, e penso nas
coisas que me fizeram crescer. Nas coisas que me fizeram também sofrer.
Nas coisas que me fizeram sair do prumo. No amor que aconteceu.
No perfume bom que impregnou minha pele. Nas declarações que
fiz. No formato que consegui dar aos meus dias. Na sensação de leveza
e paz que havia deixado para trás.
Hoje, de
coração livre e alma mais aberta, não fecho passagens. Mas também não escancaro demais.
Tenho o
direito de ser reservada e de também não dizer nada que não queira. As cortinas
da sala são claras, a varanda tem vista para o céu. Às vezes, sinto
falta dele. Muita. Falta dos seus cabelos compridos e macios, do calor que ele me fazia sentir. Do aconchego que a vida me
proporcionou, ao me dar o direito de vivenciar o amor bonito.
Ele foi minha
rebeldia. A música do Orlando Moraes. O melhor abraço do mundo. Ele foi muita
coisa boa para mim. Foi a xicara de café japonesa que me deu, o escapulário que até hoje anda comigo. Foi o olhar sério na hora da conversa séria. Foi o beijo demorado de despedida no portão de embarque do aeroporto. Foi Amor adolescente. Amor adulto. Foi momento de reconciliação e perdão.
Foi meu tudo..
Foi meu tudo..
Sil Guidorizzi..
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