Ela é feita de aflições, de lágrimas que gritam...

Ela é feita de aflições, de lágrimas que gritam. Ela tem um silêncio que por vezes confunde.
Ela troca as pernas por vezes tropeça por vezes se sente reincidente dos próprios erros.
Ela chora pra se libertar das dores que chegam como lanças atravessando a alma e se refaz como se nada tivesse acontecido.
Ela já não espera. Por vezes espia e volta. Ela tem memória, tem história, tem segredos que não conta a ninguém.
Pra ela há tanta gente inconveniente, tanta gente sem moral ou bons costumes fazendo caras e bocas sem condições de sinceridade e integridade aparente.
Ela não vai à forra. Já bastam suas guerras internas, sua falta de habilidade para algumas coisas, suas incertezas que sempre voltam.
Ela é uma heroína sem capa, ela é um ser que sobreviveu ao apocalipse do que muitas vezes fizeram ao seu coração.
Mesmo assim, ela idealiza afetos, sonha com o justo, acorda abraçada com sua esperança.
Ele prefere despertar com a sensação de que ainda vai ser surpreendida com coisas boas e virar o jogo por vezes perdido.
Ela tem aprendido com a cartilha da vida. Ela vive uma realidade que por vezes sonha, dentro do que consegue sentir e exprimir dentro do peito por vezes oprimido.

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