Eu não odeio ninguém; mas também não quero mais ser escrava de nenhuma vontade, de gente que não sabe o que quer, de gente que mal chegou e já quis sair, de lugares que só me fazem mal.
Nem sempre é fácil acordar e dar aquele tapa na alma dizendo: vai pra vida e faça o que for melhor, faça por você, pare de se ausentar de si mesmo, pare de se sentir desprotegido e desamparado, pare de achar, de imaginar, pare de se manipular emocionalmente buscando desculpas pro que você ainda nem tentou.
Eu não estou aqui pra ser referência e nem diferencial porque minha trajetória também foi de muito aprendizado e amadurecimento, foi de dor e alegria, foi algo intransferível e pessoal.
Mas eu não me seguro mais em beiradas prontas a me soltar, nem espero que me digam que sou necessária na vida de alguém.
O tempo entre suas costuras, mostra que nada é nosso e que não há maneira melhor de viver do que ir se perdoando ao longo do caminho e perdoando todos aqueles que já não seguem junto.
Hoje ao seguir no meu passo, sem esperar nada de ninguém, me despeço de tudo que não é meu.
Eu não acho que seja egoísmo, me amar ao invés de ser tratada com indiferença, eu acho que não é nada ofensivo querer sentir o gosto da minha vida transbordando dentro de mim.
Eu não me sinto prejudicada, mal-amada, menos intensa.
Cada um recebe o que merece, cada um tem o que precisa.
Só que ao passar para dentro da minha casa, exijo respeito, exijo diálogo e transparência.
Verdades doem, mentiras ocultas só dificultam o lugar de cada um.
Deve ser por isso que meu espaço anda livre, desimpedido.
Não preciso estar atrelada ou dependente emocionalmente.
Faço de mim, o que quiser, sem ter que dar satisfações a ninguém.
Sei onde a vida apertou mais forte, sei onde cicatrizei.
Estou cuidando daquilo que com suor construí.
Às vezes também me sinto criança carregando o que é essencial e significativo.
Nem tudo precisa ir comigo. A estrada da vida, é assim.
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